Este sábado fiz uma coisa que, há uns anos atrás, não pensei que faria nesta vida. Por 2 motivos: primeiro, porque pensei que nunca iria “precisar”; segundo, porque pensei que não teria coragem para tal. Mas afinal, estava bem enganada… E o que foi, pensam vocês?! Não foi nada de especial e, simultaneamente, foi mais um marco que me demonstra a mim mesma o quanto estou a “mudar”. Vou-me deixar de suspense… fui ao cinema sozinha! E sobrevivi, para compartilhar convosco a minha satisfação por o ter feito! :)
Há muito que queria retomar este meu “pequeno, grande prazer”. Já vos tinha dito isso, há uns tempos atrás. Começou com o “Fiel Jardineiro”, num fim de tarde com colegas de trabalho, e no Sábado continuou com “Dizem por aí”, uma comédia levezinha com a Jennifer Aniston, que é uma das minhas actrizes preferidas, no momento (vejam a série FRIENDS, que passa de 2.ª a 6.ª no canal 2, por volta das 20:45).
Entretanto tinha havido uma outra tentativa pelo meio. Há 15 dias tinha tentado ir com o Bruno (que me brindou com a sua presença por uns breves dias) ver o “Munique”. Mas a experiência não correu bem. E eu explico-vos porquê: não foi porque não achássemos ambos (apesar de ter de ser sempre eu a sugerir fazer algo diferente do ficar em casa) uma boa ideia para um domingo à tarde ou que não nos entendêssemos relativamente ao filme escolhido; não, não foi por nada disso. Fui “traída” pelo espírito masculino, ou seja: o sofá teimava em não lhe deixar descolar a “bunda” mais cedo e o comando estava-lhe “colado” à mão, com certeza; quando chegámos ao destino, tivemos (obviamente) que ver várias alternativas para estacionamento da viatura, pois o dinheiro que se pagaria por algumas horas de estacionamento parece que é mal empregue em certos casos (o carro ficou estacionado com 2 rodas em cima de um passeio, coisa que eu detesto – eu sei que é Lisboa, mas eu não o faria). Com tudo isto, ainda conseguimos chegar à bilheteira antes da hora, mas claro, já só haviam bilhetes para a primeira fila! E nem sequer se colocou a hipótese de irmos à sessão seguinte. A vontade talvez não seria a mesma para ambos, creio. :(
Tudo isto me serviu para mais um “abre-olhos”. Dizer que eu gosto de ir ao cinema é pouco: eu adoro ir ao cinema! Uma das coisas (mais uma, entre muitas) que mais tenho saudades da Covilhã é dos tempos em que ia ao cinema DUAS vezes por semana, por 185 escudos por cada bilhete. E de passar noites inteiras na &COMPANHIA a dançar… entre muitas outras coisas… mas voltando à realidade… para mim, ir ao cinema é uma forma de “viver” outras emoções, sensações, sentimentos, que não os meus; de viajar, sem sair da cadeira; de aprender; e, principalmente, de sonhar… Como eu tinha saudades de ir ao cinema!
A solidão em que tenho vivido nos últimos 2 anos “deitou-me” abaixo, mas estou a reerguer-me, aos poucos. Talvez por isso, cansei-me de esperar por um “milagre”: a realidade é que estou sozinha e tenho de fazer as coisas sozinha. Por isso, sempre que puder, vou continuar a ir ao cinema. E quem diz cinema, diz muitas coisas mais. Além da formação em “Dinâmica de Grupos” que estou actualmente a frequentar, inscrevi-me em mais uma, “Gestão de Stress”, para fazer em Maio e tenho de me inscrever noutra, para renovar o meu CAP. Continuo a lutar por uma situação profissional mais agradável. Voltei a “olhar” para mim, com olhos de ver…
Enfim, ainda que quem esteja a ler isto possa pensar que estou a exagerar um pouco, o facto é que estou a reaprender a viver. A famosa “crise dos 30” também passou por mim, mas espero que já esteja de saída! :)
Para vocês, que lêem este blog com alguma frequência, espero que as minhas palavras vos sirvam de algum estímulo e deixo aqui, mais uma vez, o meu obrigada por me mostrarem que nunca estou sozinha, pois vocês não deixam que isso me aconteça. :)
Bjs.
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